Sabe quando a gente precisa tomar um chacoalhão da realidade e passar algumas horas chorando, culpando-se e pensando em tudo que até hoje você só pensou em fazer, mas nunca teve a capacidade de correr atrás de verdade?
Pois é, eu sei muito bem como é isso, ontem foi o dia de cair na real, e na maioria das vezes cair na real é algo muito doloroso. Eu saí completamente machucada, destroçada, com muita vergonha e com um sentimento enorme de incompetência.
È triste saber que infelizmente sou humana, a pior raça que já existiu em todos os tempos. Se eu tivesse a oportunidade de decidir pelo fim dessa raça, eu o faria.
Tanta gente fala de direitos humanos, ética, solidariedade e blá blá blá… E o que é feito pelos animais? Que direitos eles têm, quem é solidário com o sofrimento de milhares deles? Ninguém…
Todo mundo passa ao lado de um cachorro faminto e sedento nas ruas da cidade e ninguém faz absolutamente nada, sabendo que ele, indefeso, sem saber pedir, sem saber onde encontrar o que precisa, fica a mercê de sua própria sorte esperando que ao menos não encontre pelo caminho nem um ser humano para chutá-lo e maltratá-lo somente para se divertir.
Sei que não faço nada do que gostaria de fazer. Sei que para poder fazer tudo que sempre sonhei preciso ir além, conquistar meu espaço, conseguir criar condições para colocar em prática tudo que está em minha cabeça. São ideais e sonhos muito fortes, mas nunca esquecidos.
Preciso acreditar em mim, mesmo já não acreditando em muita coisa. Esse despertar de ontem, fez com que eu voltasse a acreditar que eu posso. Não sei nem quanto tempo de vida ainda tenho, mas sei o motivo pelo qual eu vivo, em que acredito, luto e busco. Nem que eu queira desanimar, não consigo, olho para o lado e vejo que há muito mais dependendo disso, dessa vontade, desses ideais. Sei que daqui a 200 anos ninguém mais saberá quem eu fui. Quando morrer meu último descendente mais próximo, minha existência já terá sido esquecida, mas sei, que meus ideais não. E se eu fizer ao menos alguma coisa muito boa, poderei viver para sempre. Mesmo que não chegue a fazer, mas consiga plantar essa idéia em mentes e corações que ainda possuam seus 1% de algo que não seja humano, ainda assim sobreviverei através de meus ideais, que quem sabe um dia, serão concretizados por outro alguém.
È com muita, mas muita tristeza que escrevo esse texto hoje e sei que muita gente pode ler isso aqui e apenas se sensibilizar porque tem “dó” de animais, ou porque seu senso de humano politicamente correto o diz para manifestar-se a meu favor. Tanto faz, não quero com estas palavras convencer ou mudar a cabeça de alguém, até porque para isso, eu precisaria escrever para outro tipo de raça e não para ser humano.
testandolaris 
lsdquanta sensibilidade. muito bonita e corajosa esta sua atitude.bjinhoalma
Oi, td bem?Qdo li seu post não só fiquei tocada como passei por essa situação ontem… Minha chefe estava vindo para o trab e encontrou um boxer deitado, tremendo, num corredor estreito de uma casa, sem comida e água. Ela denunciou na Zoonoses, que não podia fazer nada, e disse para ela ligar na polícia, que não fez nada tb. Tem uma Lei que favorece aos animais, só q mesmo citando a Lei os policiais não foram na casa pegar o cão e levar na Zoonoses. Imagine como estou me sentindo… é foda…Uma boa Páscoa!;*
És de uma rara sensibilidade…Mulher da ilha é solidãoÉ espera do vapor da madrugadaÉ aroma de milho em mesa de pãoÉ pio de milhafre, alma assombradaMãe em ninho feito de frias pedrasPor duras mãos cheias de jeitoNão sei se de ti brota um morno leiteOu escorre rubra lava do teu peitoBoa PáscoaTerno beijo
Não consegui terminar d ler… Pq me lembrei mto do meu pequeno, q fugiu de casa e foi morto.. envenenado… por uma pessoa q sempre faz isso, é denunciado mas nada NADA é feito……Um bjo, linda!